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A Antártida: Os mistérios do continente gelado

A Antártida é um continente não só gelado, mas também fascinante e repleto de mistérios. É o maior deserto do planeta e, ao mesmo tempo, o local mais frio e seco da Terra. É o único continente sem nenhum país. Não é à toa que a Terra Australis, como era chamada na virada do século XIX, vem sendo explorada há décadas. Desde que Roald Amundsen, Robert Falcon Scott, Ernest Henry Shackleton, cada um em sua própria expedição, pisaram no continente gelado. No entanto, pode-se afirmar que, apesar da região gelada ser objeto de pesquisas e estudos há mais de um século, ainda guarda muitos segredos e revela mistérios que intrigam cientistas e até empresários ligados ao setor tecnológico, como Elon Musk, CEO da Tesla e de outras grandes empresas.

FOTO DE ROBERT HARDING PICTURE LIBRARY, NAT GEO IMAGE COLLECTION

A Antártida: Os mistérios do continente gelado

Musk não se preocupa somente com Marte. Seu horizonte mental vai muito além da colonização do planeta vermelho. Assuntos pertinentes à vida fora da Terra, inteligência artificial, pirâmides e os continentes gelados também estão entre os seus interesses. Musk sempre alegou algo a respeito da Antártida e, recentemente, ele falou a respeito de uma estrutura enorme descoberta em meio ao gelo, que, por incrível que pareça, estaria se movendo lentamente, mas constantemente. O que será essa estrutura? Um grande bloco de gelo se deslocando pela água coberta de neve? Talvez uma montanha com formato peculiar? Ou seria outra coisa que ainda não faz parte do nosso conhecimento?

Antes de tentar responder a tudo isso, vamos conhecer um pouco mais sobre as estruturas gigantes encontradas no continente e as conclusões dos cientistas. Essa bizarra estrutura não é e nunca foi o único objeto a causar estranheza na Antártida. O próprio Google Earth, por meio de fotos de satélite, contém uma série de achados que, enquanto não houver uma maneira de se aproximar desses locais ou coisas, não há como afirmar coisa alguma. Por exemplo, uma estrutura de 300 pés de largura foi descoberta por acaso enquanto um usuário do Google Earth explorava virtualmente a Antártida. O usuário, identificado como Mr. mbb333, observou um misterioso gigantesco objeto no meio da Antártica, parecendo estar completamente fora do lugar. Isto é, ele não deveria fazer parte daquela paisagem.

O vídeo da descoberta inexplicável e incomum gerou um frenesi de especulações sobre suas origens, desde ovnis até fenômenos naturais. O fato é que o objeto tem um formato peculiar e é escuro, destoando do branco dominante e reluzente do continente. Segundo o youtuber mbb333, o objeto parece medir algo como 277 pés de largura por 260 de altura. Seja lá o que for, segundo ele, parece que o objeto estava se movendo quando foi capturado pelas câmeras do satélite. Ele ainda afirmou que o objeto estava fora de lugar, isto é, não deveria fazer parte da paisagem. O youtuber analisou o objeto de diferentes ângulos e chegou a mostrar sinais de calor emitidos pelo objeto. Mais tarde, ele apontou para outro fenômeno estranho nas proximidades, apontando outro objeto que parece estar flutuando na sombra projetada por uma parede de gelo.

O objeto não identificado apareceu no Google Earth com vista para um aterro rochoso e refletindo luz. Até hoje, não foi possível saber realmente do que se trata esse objeto. Alguns defensores da vida alienígena alegam que pode ser uma nave UFO abandonada no local por algum motivo. Outros dizem que a estrutura pode ser alienígena, mas não necessariamente uma nave, e sim uma base utilizada pelos visitantes há muito tempo quando estiveram por aqui. Já os céticos acreditam tratar-se de uma estrutura natural, diferenciando-se pelo fato de não estar inteiramente coberta pela neve, quando deveria estar.

Imagem: Antártica: o continente gelado é um dos pontos de parada das excursões de luxo. (Privet Jet/Divulgação)

Para dificultar ainda mais a identificação de qualquer estrutura apresentada por fotos de satélite, existe a ocorrência natural de nevascas que, de tempos em tempos, modifica completamente a paisagem nas diferentes regiões do continente.

Em outro exemplo do gigantismo da Antártida, pesquisadores descobriram um verdadeiro ecossistema sobre a poderosa camada de gelo e a existência de formas de vida sedimentares encontradas a 900 metros de profundidade que anteriormente foram consideradas naturalmente extintas. Isso veio provar de uma vez por todas que a Antártida, apesar da superfície congelada, abriga a vida de diferentes espécies em suas profundezas.

No final do ano de 2021, uma equipe de pesquisadores norte-americanos encontrou nas profundezas do Mar de Ío, que até agora é considerado o maior berçário de peixes do mundo, cerca de 60 milhões de ninhos. Os ninhos têm em média 75 cm de diâmetro e 15 cm de profundidade. Eles são de uma espécie batizada como “peixe-gelo”. Aliás, o nome é bastante sugestivo. Em cada ninho, há um peixe adulto em seu centro cuidando dos ovinhos de cor azul clara. Esta é outra prova da vida sob o gelo, mesmo que em locais assim haja muito menos espécies do que em mar aberto e com temperaturas mais amenas.

Há um detalhe sobre o continente que é compartilhado praticamente por toda a comunidade científica: a Antártica é um continente coberto de gelo há milhões de anos. Mas nem sempre foi assim. Os cientistas acreditam que as camadas de gelo começaram a se formar há cerca de 34 milhões de anos, no final do período Eoceno, quando o clima começou a permitir a formação e o fluxo de geleiras. As geleiras esculpiram vales que já haviam sido desgastados pelo fluxo do rio, mudando a topografia.

Uma nova pesquisa descobriu que as camadas de gelo da Antártica se formaram há dezenas de milhões de anos contra uma espinha dorsal de montanhas estilo Alpino durante um período de mudanças climáticas significativas. Não é por acaso que, por baixo de todo aquele gelo, há um mundo inteiro a ser descoberto.

Em 2009, por exemplo, foi descoberta uma cadeia de montanhas escondida pela neve, que recebeu o estranho nome de “Cordilheira Cut Severs”. Trata-se de uma cordilheira com picos que ultrapassam os 2500 metros de altitude, completamente coberta pela neve. A descoberta do local, na verdade, foi feita por uma equipe de pesquisadores russos há mais de 50 anos. Contudo, na falta de equipamentos mais adequados, não conseguiram chegar ao ponto que uma equipe da Universidade de Colúmbia, em Nova York, chegou. As novas pesquisas revelaram que o contorno das montanhas é mais rugoso do que se acreditava e que elas estão agrupadas de forma linear, ao contrário do que se pensava.

A formação linear é importante porque indica a possível origem das montanhas, cuja existência intriga cientistas desde que a Cordilheira Cut Severs foi descoberta. Um dos integrantes da equipe, o cientista Michael Studer, disse que a estrutura linear torna os Gambut Chevers comparáveis aos Alpes e aos Montes Apalaches. A equipe acredita que essa cadeia tenha sido formada há alguns milhares de anos e durante outros milhares de anos, devido à colisão de placas tectônicas numa época em que o planeta ainda sofria as modificações mais severas até atingir o estágio conhecido pela humanidade.

Segundo os estudos feitos, a estrutura toda alcança uma extensão de nada menos que 1200 km, e alguns lugares, especialmente os vales, podem estar abaixo de 4 km de gelo.

Agora você pode estar se perguntando como os pesquisadores conseguem enxergar tão bem algo que está a quilômetros abaixo da superfície. Simples, radares específicos, neste caso, um equipamento chamado lidar (acrônimo para Light Detection and Ranging), são capazes não só de detectar estruturas subterrâneas, como também analisar e apontar seu tamanho.

Se os russos pudessem ter contato com o lidar lá em 1958, sem dúvida teriam feito uma das descobertas mais intrigantes nos meados do século XX. De qualquer forma, até os russos chegarem ao local, imaginava-se que toda a superfície da Antártida fosse relativamente plana. A descoberta russa, especialmente naquela época, surpreendeu a todos.

Descobriu-se, paralelamente a isso, que a Antártida outrora foi um mundo cheio de vida e com natureza exuberante. Mas os mistérios do continente mais gelado do planeta param por aí? Não. Os Gigantes da Antártida, em boa parte, são de difícil acesso. Então, os cientistas devem contar mais com a tecnologia do que com a experiência pessoal. Isso inclui ir até os lugares descobertos pelos satélites.

E novamente, falando do satélite, há alguns anos, uma imagem capturada da órbita terrestre parecia mostrar uma estrutura similar à Grande Pirâmide de Gizé, no Egito. A imagem, claro, levantou questões de todos os âmbitos, não só no científico. Ela gerou as teorias mais loucas sobre civilizações antigas, alienígenas e sociedades secretas. Sendo a Antártica um dos lugares mais inóspitos da Terra, a descoberta de tal estrutura parecia quase sobrenatural.

Uma teoria sugeria que a pirâmide pertencia a uma civilização perdida que existia antes de uma grande inundação, cerca de 10.000 anos, quando a Antártica era supostamente mais quente e hospitaleira. Outra especulação, até divertida, inseriu até os Illuminati, uma sociedade secreta frequentemente associada a várias teorias da conspiração. Como se o lugar pudesse ser uma sede dos encontros secretos da sociedade.

No entanto, antes de mergulhar no reino das possibilidades fantásticas, é essencial considerar as evidências científicas e a análise de especialistas. Os investigadores já encontraram evidências de vida vegetal na Antártida, sugerindo que há milhões de anos o continente poderia ter sustentado uma floresta tropical com temperaturas médias em torno de 12ºC. Embora isso tenha acontecido há milhares de anos, indica que a Antártida nem sempre foi um continente gelado, tornando a ideia de atividade humana antiga um pouco mais plausível.

Porém, em vez de atribuir a pirâmide à influência humana ou extraterrestre, os pesquisadores preferem fornecer uma explicação muito mais prática. Eric Reynolds, professor de Geologia da Universidade da Califórnia, explicou que a estrutura semelhante a uma pirâmide é, na verdade, uma montanha com pico piramidal, criada naturalmente através da convergência de geleiras nas laterais de uma massa de terra existente. Este fenômeno geológico pode produzir picos de montanhas com formato piramidal, mas não é indicativo de construção humana.

Em 2016, um dos satélites da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) detectou um enorme objeto escondido sob o gelo antártico. O jornal “El Sol de México” relata que a enorme misteriosa anomalia parece estar espreita sob os resíduos congelados de uma área chamada Wilkes Land. Ela se estende por uma distância de 151 milhas e tem uma profundidade de cerca de 848 metros em certos pontos. Alguns pesquisadores acreditam que ela é o restante de um asteroide verdadeiramente massivo que era mais do que duas vezes o tamanho da rocha espacial Ulub, que supostamente eliminou os dinossauros.

Se essa explicação for verdadeira, isso poderia significar que esse asteroide assassino causou o evento de extinção Permiano-Triássico, que matou 96% das criaturas marinhas da Terra e até 70% dos organismos vertebrados que viviam em terra.

No entanto, as mentes mais selvagens da internet criaram suas próprias teorias, com alguns teóricos da conspiração afirmando que poderia ser uma base de OVNIs massiva ou um portal para o mundo subterrâneo misterioso chamado “Terra Oca”. Se você nunca ouviu falar sobre essa teoria, ela diz que abaixo da nossa superfície, onde vivemos, muito abaixo, existe um mundo completamente diferente, com árvores enormes, animais também gigantescos, seu próprio céu, seus próprios mares e rios. Enfim, é uma teoria bastante difícil de entender e aceitar.

Quanto à estrutura que chamou tanto a atenção de alguns pesquisadores e até mesmo de Elon Musk, é algo que de fato traz mais questões do que respostas. Para começar, o objeto é muito grande. No entanto, como a estrutura de 1 km de comprimento estava enterrada sobre uma espessa camada de gelo no momento de sua descoberta, a conclusão foi inicialmente banal e pouco espetacular: trata-se simplesmente de um iceberg. Pronto, fim da história.

No entanto, pouco tempo depois, uma nova análise da estrutura mostrou algo que ninguém esperava: ela estava se movendo. Além disso, boa parte do manto de gelo que a cobria foi removida. Mas como assim? Bom, os cientistas viram que o objeto, que inicialmente se pensava ser um iceberg, apresentava marcas de antes a derrapagens e vários sulcos traçados em sua superfície, além de uma tonalidade escura, levantando dúvidas sobre sua origem e finalidade.

Levantou-se a questão sobre se a equipe financiada por Musk teria visto uma antiga embarcação que teria ficado presa no gelo e só agora teria se soltado. Mas bom, qual embarcação antiga teria um comprimento de 1 km? Até onde se sabe, nenhuma. Os cientistas também excluíram a possibilidade de se tratar de um meteorito, como foi sugerido por alguns. Um meteorito daquele tamanho, para início de conversa, teria simplesmente destruído pelo menos 1/3 do planeta, e é praticamente impossível imaginar que um pedaço de 1000 metros tivesse sobrado após o impacto.

O formato peculiar do objeto complementa a negativa, uma vez que não tem características similares a um meteorito. Então, o que mais poderia ser? Teóricos da conspiração entraram em cena sugerindo tratar-se de uma base alienígena muito bem camuflada para se parecer com uma enorme montanha. O local, que pode ser localizado no Google por meio das coordenadas que aparecem agora na tela para você, é de difícil acesso e, por isso, até agora não se pode fazer um estudo mais detalhado do objeto.

E, como já foi mencionado, as constantes mudanças na paisagem devido ao movimento da neve e do gelo dificultam ainda mais uma possível pesquisa. Em logo, o dono do canal “Terceira Fase da Lua”, Blake Cousins, disse ter analisado exaustivamente as imagens que vem observando algum tempo do local no Google. Segundo ele, que nunca tinha visto nada igual antes, pode se tratar de uma antiga cidade alienígena. Ele alegou que até uma espécie de pista de pouso havia no local, mas foi coberta pelo gelo com o passar dos anos. De acordo com as observações de Cousins, cada ponto tem sua própria entrada, como se fosse uma espécie de túnel. Talvez haja uma cidade escondida embaixo.

A medição dos cientistas, até então considerada oficial, sugerindo que um objeto possui 1 km de comprimento, está em desacordo com a medição de Cousins, que verificou o dobro, ou seja, 2 km. Entre 2015 e 2016, ele notou também que várias estruturas foram modificadas ou desapareceram. Será que isso é proposital, caso seja mesmo utilizado por uma civilização desconhecida? O fato é que, enquanto não conseguirem chegar até o local, nada poderá ser realmente afirmado. Por enquanto, são apenas conjecturas das mais variadas. Mas quem sabe, em pouco tempo, não tenhamos tecnologia para levar os pesquisadores até lá com segurança e por um fim a esse mistério todo?

Texto baseado no material: Enorme OBJETO com 1 KM de COMPRIMENTO está se MOVENDO pelo GELO, afirma Elon MUSK – Da Fatos Desconhecidos.

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